Resolvendo os conflitos conjugais (Parte 1)

Postado em 30 de outubro de 2018 por

Categorias: Estudos

 

Pr Luciano R. Peterlevitz – Comunidade Aba Pai (Limeira), 27.10.2018

 

CONFLITOS INEVITÁVEIS

Os conflitos inevitavelmente acontecerão, mesmo nos relacionamentos sinceros e profundos.

“O casamento é a união de dois pecadores, não de dois anjos” (J. C. Ryle).

Os conflitos são inevitáveis, mas são resolvíveis. Não existe conflito que não possa ser resolvido.

 

ATITUDES ERRADAS DIANTE DO CONFLITO

  • Ataque
  • Fuga
  • Confrontação sem audição
  • Confrontação na hora errada
  • Imposição da nossa vontade
  • ..

 

O QUE CAUSA CONFLITO?

  • Divisão de responsabilidades no lar;
  • Quantidade de tempo que os dois passam juntos;
  • Frustração no relacionamento sexual;
  • Diferenças de opinião sobre a educação dos filhos;
  • Ausência de comunicação;
  • Falta de disposição para melhorar o casamento;
  • ..

 

O PONTO DE PARTIDA: O DEUS DA PAZ

Em breve o Deus da paz esmagará Satanás debaixo dos pés de vocês. A graça de nosso Senhor Jesus seja com vocês. Romanos 16:20.

 

CONFLITIOS SÃO PECAMINOSOS

Dois pontos fundamentais:

  1. Conflitos se originam de nossa natureza pecaminosa.
  2. Deus nos chama para resolvermos os conflitos de forma ativa (Mt 5.23-25; 18.15,16).Os conflitos não se resolvem por si mesmos. Precisamos resolvê-los, sem demora. Em Mt 5.23-25; 18.15,16, Jesus diz que precisamos dar o primeiro passo para a resolução do conflito.

 

RESOLVENDO CONFLITOS DE FORMA ATIVA

  • Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus. Mateus 5:9.
  • Façam todo o possível para viver em paz com todos.Romanos 12:18.
  • Por isso, esforcemo-nos em promover tudo quanto conduz à paz e à edificação mútua. Romanos 14:19

“Contrariando o mito popular, essas passagens também significam que o tempo não cura todas as feridas. Os conflitos não se corrigem sozinhos…Pelo contrário, conflitos não resolvidos, da mesma maneira que uma ferida, criam uma casca. Podem ficar ocultos por um tempo, mas acabam voltando à tona, e algumas vezes, com fúria, rancor ou frieza ainda maiores.” (Robert D. Jones, Em busca da paz: Princípios bíblicos para lidas com conflitos e restaurar relacionamentos quebrados. São Paulo: NUTRA, 2014, p. 56).

 

AGRADANDO A DEUS

Princípio fundamental: precisamos agradar a Deus em toda situação, inclusive nas situações de conflitos.

  • Por isso, temos o propósito de lhe agradar, quer estejamos no corpo, quer o deixemos. 2 Coríntios 5:9 (NVI).
  • Pois o amor de Cristo nos constrange, porque estamos convencidos de que um morreu por todos; logo, todos morreram. E ele morreu por todos para que aqueles que vivem já não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. 2 Coríntios 5:14,15

Devo agradar a Deus, quer meu cônjuge me trate bem ou me trate mal.

 

IMPLICAÇÕES DE AGRADAR A DEUS

Robert Jones alista as seguintes implicações de agradar a Deus para solução de conflitos:

 

1) O fracasso em agradar a Deus é a razão última de todos os conflitos interpessoais.

 

2) O alvo de agradar a Deus mantém nosso foco nEle, não nas questões do conflito nem na outro pessoa.

 

3) Em Cristo, esse alvo é sempre atingível, independentemente de como a outra pessoa se comporte.

O outro pode até pecar; mas eu não preciso pecar. Meu relacionamento com Cristo permite eu agradar a Deus, independe da circunstância.

 

4) Deus pode abençoar nossos esforços trazendo a reconciliação.

Quando os caminhos de um homem são agradáveis ao Senhor, ele faz que até os seus inimigos vivam em paz com ele. Provérbios 16:7. Embora não existam garantias absolutas, Pv 16.7 afirma um possível resultado de agradar ao Senhor: a paz com nossos opositores. Isso combate a falta de esperança de muitos: “ele nunca mudará”, “ele nunca corresponderá aos meus esforços”. Essas afirmações não levam em conta o poder de Deus. “Enquanto nosso opositor tiver folego de vida, os braços de Deus não serão curtos demais para alcançá-lo. Seu Espírito pode derreter corações gelados. Embora não tenhamos garantia de que Deus mudará a outra pessoa, não temos tampouco uma garantia de que Ele não o fará.” (Robert Jones). Ele pode transformar a outra pessoa através do nosso esforço de agradá-lo.

 

5) Se ambas as partes procuram agradar a Deus, a reconciliação completa está garantida.

 

6) Ainda que a outra pessoa não agrade a Deus, nós podemos conhecer as bênçãos e o conforto de Deus.

 

7) Devemos manter nosso compromisso de agradar a Deus mesmo que a outra pessoa não o faça, e até mesmo se o relacionamento piorar.

“A única coisa pior do que estar envolvido em um conflito é estar do lado errado do conflito” (Robert Jones). Em um conflito, sempre precisamos estar ao lado de Deus. E não podemos produzir uma paz independe de Deus.

 

CONCLUSÃO

Os conflitos são inevitáveis no casamentos.

Mas é possível ter paz. E essa paz só é possível a partir de um compromisso de agradar o Deus da paz.

Desafios aos casais:

  • Vivam para agradar a Deus. Esse deve ser o alvo maior de suas vidas.
  • Mantenham o compromisso de agradar a Deus, mesmo em meio ao conflito.
  • Estudem, juntos, as passagens bíblicas sobre “agradar a Deus”, e observem as implicações de cada uma delas:Jo 5.30; 8.28,29; Rm 14.17,18; Ef 5.8-10; Cl.1.10-12; 1Ts 4.1,2; 2Tm 2.3,4 e Hb 13.20,21.